morremos em vão,

meu Amor. adiámo-nos vezes sem conta na ausência do nosso abraço e os ponteiros deitaram-se um sobre o outro para não mais ver morrer o tempo. somos pó & tinta, meu Amor. pó e tinta com que não ousámos manchar o papel gasto que nos acorda para um fracasso tremendo nesta realidade imaginária. lágrimas e raiva do tamanho da natureza que não dominamos. podíamos ter sido tudo, mas ficámo-nos invariavelmente pelo nada. pelo nada, meu Amor, invariavelmente pelo nada.

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